Você já deve ter escutado diversas histórias sobre como o acordeon foi inventado não é mesmo? De fato, assim como esse instrumento é tão amado e é tão complexo, a sua história e evolução também são!
Pensando nisso e buscando trazer mais conteúdo para a sua rotina de aprendizagem do instrumento, preparamos este texto com mais detalhes sobre a sua história! Leia mais abaixo.
Chegada ao Ocidente
A história desse instrumento começa na China no ano 2700 antes de Cristo quando foi criado um instrumento de sopro chamado Cheng. Ele foi o percursor do harmónio o do acordeon no ocidente e era um instrumento simples composto apenas por um recipiente de ar, um canudo de sopro e tubos de bambu.
Com um som curioso e encantador, o cheng foi levado à Europa no século XVI, mais especificamente na Rússia, onde descobriram que o som era feito através de uma lâmina de metal. Essa mesma lâmina foi adaptada aos tubos dos órgãos da região a partir de 1780, sendo disseminados por toda Europa.
O órgão com as tais lâminas tornou-se popular principalmente na Alemanha já no século XIX. Foi então que, em 1822, o fabricante de instrumentos Christien Friederich Ludwig Buschmann reuniu diversas dessas lâminas afinadas e fixadas em uma placa. Assim, formou-se uma escala na qual os sons eram escutados rapidamente através do sopro.
Mais tarde, Buschmann aumentou a quantidade de palhetas de metal, anexando um pequeno folhe e uma série de botões ao instrumento. Depois, ele foi aperfeiçoado por Koechel, mas o nome de acordeon foi definitivamente concebido em Viena.
Após alguns anos, o austríaco Cirilo Demian construiu um instrumento rudimentar de palheta livre, teclado e fole, o qual é o que mais se aproxima ao qual conhecemos atualmente. E, justamente por ter 4 botões no lado da mão esquerda que quando afundados com os dedos era obtido um acorde deu-se o nome de acordeon, que conhecemos atualmente!
No Brasil
No Brasil, o acordeon foi trazido por imigrantes europeus, especialmente italianos e alemães que se instalaram no sul do país. Sendo que o primeiro instrumento trazido era chamado de Concertina e era um Cromático de 120 botões.
Tornou-se o instrumento símbolo oficial do Rio Grande do Sul, tanto que, no auge do sucesso do acordeon, das 65 fábricas existes no país 52 eram localizadas no estado e a marca Todeschini de Bento Gonçalves permanece sendo muito apreciado pelos musicistas.
Ademais, o acordeon também é conhecido como gaita no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de ter um papel fundamental na música regional desses estados.
Na Região Norte e Nordeste
O acordeon foi levado do Sul à região norte por soldados nordestinos que lutaram na guerra do Paraguai em 1864-70. Considera-se pelos estudiosos do instrumento que foi no Nordeste onde o acordeon adquiriu características peculiares tanto de afinação quanto de interpretação.
Tornando-se então um dos instrumentos mais emblemáticos da região que junto com a zabumba e o triângulo formaram, no início do século XX, o forró.
Estilo musical
O acordeon está associado principalmente com a música e a dança folclóricas ao redor do mundo. Apesar disso, alguns músicos famosos do gênero clássico já inseriram pelo menos uma vez o instrumento em suas composições, entre eles encontramos Piotr Ilitch Tchaikóvski, Alban Berg e Sergei Prokofiev.
Já no Brasil, foi o nordestino Luís Gonzaga quem colocou difundiu o instrumento através de suas músicas maravilhosas e sua melodia encantadora. No Rio Grande do Sul, a música de gaita e acordeão é representada por músicos também famosos como Adelar Bertussi e Albino Manique.
O som do acordeon ainda é preservado e promovido atualmente na música brasileira por artistas de diferentes estilos musicais no país todo.
As diferenças de ritmo
Como o Brasil é um país grande, assim também é a diferença entre os ritmos do sul e do norte do acordeon. Assim, as músicas que contam com o acordeon como parte de sua melodia variam de todas as formas.
Encontramos no sul do Brasil uma influência maior do Uruguai e da Argentina, assim o ritmo é mais dramático ressaltando-se pelas milongas e vanerão. Enquanto no Norte e no Nordeste, encontramos os ritmos menos melódicos como o forró e o baião trazendo sempre consigo ritmos mais dinâmicos e empolgantes.
Como aprender acordeon;
Pode parecer complexo, mas não é! Na verdade, assim como a construção de uma casa aprender a tocar acordeon também leva tempo e depende de etapas para ser finalizado.
Continuando a analogia, devemos começar com o alicerce do acordeon que é o ritmo, depois colocamos as paredes que aqui é entendido como a melodia e só depois de bem estruturadas podemos inserir o telhado, ou seja, a harmonia.
Não devemos nos apressar quando o assunto é aprender, por isso é sempre importante iniciar com a base para depois podermos construir em cima!
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