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Os desafios impostos pela rotina, o estresse, as preocupações ameaçam diariamente nossa saúde física e mental. A experiência ainda não resolvida do COVID 19 continua afetando nossos sentimentos de segurança no mundo e qualidade de vida.
Felizmente, cada um de nós pode encontrar momentos de tranquilidade e desviar temporariamente nossos pensamentos das difíceis notícias diárias. Para muitas pessoas, a música pode desempenhar um papel nessa mudança, mesmo de forma incremental.

Como a música pode afetar nossa qualidade de vida?

Todas as pesquisas que estudaram o impacto da música na qualidade de vida chegaram a mesma conclusão: quem se relaciona bem com a música  responde melhor essa constante tentativa de viver bem.
Sensações de liberação, relaxamento e até reabilitação física e mental estão diretamente ligadas a presença da música em nossas vidas.
Em outras palavras, a prática de experiências musicais (ouvir música, cantar, tocar um instrumento) afeta positivamente nossa saúde física e mental.
Uma curiosidade que serve de alerta: Embora os pesquisadores tenham encontrado o impacto positivo na qualidade de vida psicológica, eles não encontraram uma melhor intervenção ou “dose” de música que funcione melhor para todas as pessoas.
Ou seja, a música faz bem sim, definitivamente. Porém, não há uma receita única para todos. Não foi determinado o quanto nem como cada pessoa reage a certa experiência com a música em sua vida.

Complexidades da música

Somos todos seres humanos complexos. Temos uma ampla variedade de culturas, com diferentes experiências de vida e necessidades de saúde mental e física que variam de pessoa para pessoa.
Nossa conexão com a música é muito pessoal. Para alguns o relacionamento com a música pode ser a dança, para outros fazer uma apresentação pública. Tem gente que se sente bem tocando um instrumento sozinho, já tem gente que se sente bem apenas em ouvir uma melodia.
Para descomplicar o assunto basta sabermos o que é fato: a música afeta nosso humor, nossas preferências, situação social e experiências futuras. Há momentos em que a música pode ter um impacto imediato em nosso bem-estar e há momentos em que essa influência po9de levar meses.
Veja alguns exemplos de como isso ocorre:
  • facilitando a transição para o sono
  • ajudando a encontrar um momento relaxante
  • enxergando motivação para uma atividade qualquer
  • dando mais ânimo para o exercício físico
  • aumentando a auto expressão de emoções
  • nos conectando a outras pessoas
  • nos divertindo com uma apresentação musical

A lista é infinita…

Há outros casos em que uma pessoa pode ser tratada com musicoterapia. O processo, feito corretamente por um profissional qualificado, ajuda o paciente a construir essa conexão com a música e encontrar a melhor “dose” que vai impactar positivamente a saúde e fornecer uma forma de cura.

Como a música é usada na terapêutica?

A musicoterapia é uma prática terapêutica reconhecida no Brasil. O método usa intervenções musicais baseadas em evidências de trauma encontradas no paciente. A musicoterapia deve ser indicada pelo profissional de saúde mental e acontece entre o paciente e um terapeuta credenciado em musicoterapia, com formação específica na área.
Os musicoterapeutas usam intervenções ativas como: canto, exploração de instrumentos, composição, movimento, criação de música digital e muito mais.
Eles usam também recursos para tornar o paciente receptivo às experiências, como: ouvir música, contemplar imagens guiadas com música, criar de listas de reprodução musical, conversar sobre as lembranças despertadas pela música e outras técnicas.
Alguns desses objetivos podem incluir diminuir a ansiedade, melhorar o humor, diminuir a percepção da dor durante um tratamento médico, aumentar a expressão, encontrar motivação e muitos outros.
A música pode ser ao vivo ou gravada. A escuta pode ser feita com foco intencional ou meramente como escuta de fundo. O paciente amplifica as percepções internas para a liberação de bloqueis emocionais.
Ouvir música pode ser combinado com sugestões de relaxamento ou ao contrário – motivar o paciente a se exercitar, se movimentar mais ou fazer uma tarefa que está sendo adiada.

Aprender ou tocar um instrumento

A criação de música ativa envolve todo o cérebro. Isso cria o maior potencial para distração, redução da dor, cognição, desenvolvimento motor fino e grosso e expressão. Alguns instrumentos são projetados para facilitar o acesso à liberdade de expressão ou aprendizagem.
Um tambor, por exemplo, tem um forte som ressonante mas não possui “notas erradas”, permitindo que você apenas toque! Se você quiser envolver ainda mais seu cérebro cognitivo, tente aprender a tocar um instrumento de cordas. Prefira os acordes para iniciantes que exigem apenas exercícios.
Fazer música com qualquer instrumento pode ser divertido e trazer cura!
Um musicoterapeuta certificado pode ajudá-lo a encontrar o caminho mais correto, baseado no sucesso para a expressão musical. Mas, lembre-se de que a terapia é para se sentir melhor e não dominar um instrumento de forma profissional. Aprender partitura musical leva tempo, exige paciência e anos de prática. Não é disso que estamos falando aqui.

Você costuma cantar?

Este pode ser um hábito que fará enorme diferença na busca por uma saúde melhor. A intervenção que o canto faz no nosso cérebro é incrível!

Tudo muda quando temos uma boa conexão com própria voz. O pequeno gesto de cantarolar inunda o cérebro com neurotransmissores ligados à área do prazer.

Sem contar nos benefícios físicos que o hábito de cantar causam na função pulmonar. Cantar traz benefícios emocionais por que as letras da canção falam da sua verdade, seja ela qual for.

“Quem canta os males espanta”, já ouviu esse antigo ditado? Pois a boa notícia é que isso é verdade.

Cante no chuveiro, no trabalho, na rua, onde quer que você esteja. Cante com um timbre baixo ou alto, afinado ou desafinado – não importa – o objetivo é soltar o que está preso cantando.

Conectividade social: uma necessidade humana

Somos seres sociais, isso é definitivamente comprovado. Quer dizer que, a pessoa que vive no contrário dessa natureza humana escolhendo a solidão individualista está mais propensa a ficar em desiquilíbrio, no corpo ou na mente.

Sim, precisamos de “individualidade”. Nosso espaço íntimo deve ser sagrado. Só não podemos confundir isso com “individualismo”, ser aquela pessoa antissocial que acredita não precisar de ninguém.

Observe que as pessoas que optam por uma vida centrada no ego e não socializam, em geral são mais amargas, aborrecidas, mal humoradas e… doentes.

Socializar cria a conexão da comunidade e tem o poder de nos cercar de mais harmonias, amizades e laços fortes e firmes.

Embora haja muitas maneiras de socialização, uma das melhores é através da música. É uma receita “mágica”, um método perfeito para aliviar todas as coisas difíceis da vida.

Sim, a música é um poderoso agente de mudança porque evoluímos assim, desde há milhares de anos cercados por um ritmo, uma dança e um canto qualquer.

Precisa de ajuda extra para encontrar as melhores ferramentas de música para você? Pesquise na sua cidade os cursos e eventos musicais disponíveis, se movimente em direção à música e colha em pouco tempo os benefícios que a música oferece para uma boa saúde e qualidade de vida.

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